sábado, 3 de julho de 2010

Purê de batatas + truffes noires

Já era hora de oficializar minha participação neste blog! Apesar de que há alguns dias eu fiz planos de postar uma receita de abóbora que eu não podia deixar de compartilhar (e eu tive esta certeza ao degustar uma provinha direto da panela saindo do fogo). Naquele dia preparei tudo, fiz o prato, enfeitei com pimenta dedo de moça, o cenário todo pronto para a foto produzida da receita de abóbora (que devia estar se sentindo uma debutante), mas a máquina de fotos estava sem bateria...
Diante das fotos profissionais da Marina, eu não poderia ter a minha estréia sem uma foto. Então esperei até hoje, quando outro momento de degustação mereceu ser traduzido em palavras (e ilustrado com foto).
Adoro tudo o que é de batata e não desmereço o purê que sempre finalizei com alho, requeijão, parmesão, pimenta do reino e salsinha. Mas hoje o purê de batatas foi protagonista e não coadjuvante: foi o primeiro prato que fiz com a manteiga de trufas que ganhei da Marina. O que é mais relevante não é a sofisticação da manteiga, da trufa, da origem francesa, mas é a oportunidade que nós temos algumas vezes de sentir um sabor nunca sentido antes, como se este sabor percorresse um caminho novo dentro da cabeça e uma resposta vem ao fecharmos os olhos: indecifrável! (e neste momento parece que vemos fogos de artifício...)
Então, nesta minha primeira postagem destaco e incentivo o prazer das novas experiências degustativas, que fazem nossa biblioteca de aromas e sabores se tornarem mais amplas.
A receita de poucos ingredientes tem um segredo: saber o que se quer destacar. Aprendi com a Marina que manteiga de trufa sozinha dá conta de surpreender o paladar: bastou batata, pouco sal e meia colher de chá de manteiga de trufa pra surgirem fogos de artifício na degustação.
Não recomendo provar a manteiga pura...
Os acompanhamentos: shimeji e aspargos com gorgonzola (receita do J. Oliver).
Recomendo as duas receitas de purê de batatas aqui descritas e acima de tudo, recomendo que confiem no potencial individual que cada ingrediente tem de marcar o prato. Inventem: purê de batatas com nozes, com hortelã, com azeitonas, raspas de limão...

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